Deixem-me ouvir histórias…por favor!!!

As histórias fazem parte de nós e remontam aos primórdios da HUMANIDADE. Ouvir histórias é ligarmos a nossa essência.

“Durante vários milénios, nas sociedades primitivas e tradicionais, os conhecimentos foram transmitidos através de uma longa cadeia oral.”

“Nestas comunidades, as histórias foram primordiais para a vida social, para a condição básica de sobrevivência da espécie, e utilizadas no sentido da ética, para dar sentido à vida dos integrantes de determinadas comunidades”.

 

  • “Por exemplo, em certas culturas indígenas, como a do povo Munduruku, no norte do Pará (Brasil), a criança, quando nascia, recebia dois nomes: o nome social e o nome mágico, secreto e cada um destes nomes estava relacionado a uma narrativa. Quando a criança desobedecia aos mais velhos, o pajé (líder religioso) chamava a criança e contava a história do seu nome mágico remetendo a criança à sua própria origem (ALVES, 2004)” .
  • “Já na tradição oriental sufi (islamismo), dizia-se que a sabedoria está nas histórias e quando um indivíduo enlouquecia, o líder religioso chamava um contador de histórias, até que os pensamentos do indivíduo em questão voltassem ao normal (PRIETO apud ALVES, 2004)” .
  • “Na medicina tradicional hindu, um conto de fadas que personificava o problema da pessoa desorientada psiquicamente, era oferecido para ela meditar ” (ALVES, 2004, p.1)”.

Cada vez mais chegamos a conclusão que as histórias e os contadores de histórias assumem um papel de extrema importância num mundo, cada vez mais economicista e frio de afectos.
Através das histórias criamos ligações afectivas, ganhamos capacidade de sonhar e o mundo torna-se mais compreensível.

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