À descoberta do Mosteiro da Batalha
Dia 12 de Fevereiro
Mais um Domingo com Pais e Filhos no Mosteiro da Batalha.
Fomos presenteados com mais um dia maravilhoso de sol, que nos permitiu ver a luz mágica e divinal que nos é dada pelos fabulosos vitrais.
Percorremos toda a história de D. João e D. Filipa que marcaram de forma incontornável a nossa História de Portugal. Foi na Capela do Fundador que podemos apreciar o túmulo conjugal de D. João e D. Filipa de Lencastre, que repousam de mãos dadas, revelando a grande união que mantiveram em todo o seu reinado, tal como o carinho e afeto que transmitiram aos seus filhos. Pude também mostrar como o número oito está presente em toda a capela do Fundador (estrela de oito pontas, oito chaves na abóboda, oitos nervuras, etc), revelando como os oito filhos de D. João e D. Filipa ficaram eternizados para o todo o sempre junto dos pais.
A estrela que sempre os acompanhou … lá está altaneira, no alto da abóboda, “protegendo e iluminando” D.Filipa e D. João para toda a eternidade e depois… seis dos seus filhos que nos trouxeram uma grande Herança para Portugal (Duarte, Pedro, João , Isabel, Henrique e Fernando). Esta geração de príncipes cultos e solidários, que Camões apelidou da Ínclita Geração.
Foi esta família marcante, que trouxe para Portugal uma nova era de fé e esperança … unindo todo o povo português numa construção coletiva – A Expansão e Descobrimentos .
Foi um prazer, acompanhar Pais e Filhos do Centro Escolar da Benedita,que aderiram de maneira espantosa, ao projeto Crescer a ler em família promovido pelo Agrupamento e pela Câmara Municipal de Alcobaça.
Como dizia Fernando Pessoa:
O homem e a hora são um só
Quando Deus faz e a história é feita.
O mais é carne, cujo pó
A terra espreita.
Mestre, sem o saber, do Templo
Que Portugal foi feito ser,
Que houveste a glória e deste o exemplo
De o defender.
Teu nome, eleito em sua fama,
É, na ara da nossa alma interna,
A que repelle, eterna chama,
A sombra eterna.
D.PHILIPPA DE LENCASTRE... (ouvir)
Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que archanjo teus sonhos veio
Vellar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério,
Princeza do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!
Fernando Pessoa
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